domingo, 9 de outubro de 2011

Eu vi, e tentei agarrar (mas não consegui).

E a nossa história acabou.
Assim. Sem aviso prévio.
Não me avisaste a mim.
Eu não te avisei a ti.
E ficamos assim,
Sem saber o fim.
Ou se o há.

E só nos resta compilar os momentos que passamos,
os bons e os maus.
Os bons para saborearmos,
E os maus para aprendermos com eles,
Se quisermos.
Se não, só nos resta voltar a ser estúpidos de novo
Da maneira que quisermos.
Porque isso é ser verdadeiramente estúpido.
Pensar que somos quem queremos.
E cair na ilusão de que somos verdadeiramente felizes
Arranjando débeis desculpas esfarrapadas
Para justificar a nossa suposta felicidade sem razão aparente.

Mas nós não somos felizes,
Nós nunca somos felizes!
Pensamos que somos felizes porque recorremos a parvas teorias minimalistas,
Mas os problemas estão lá.
Adormecidos,
Ou escondidos,
Ou a fazerem-nos uma emboscada.

E quando eles nos atacarem,
Quando eles saírem das árvores de copa negra tingidas pela noite
Vão ter a faca e o queijo na mão
Porque sabem que vamos querer tudo de volta.
E aí,
Dão-te o queijo para te empanturrares,
E abrem-te com a faca.

Que é fraca,
Mas naquela altura,
Tenho a certeza que vai ser mais forte que tu.
Sejas tu quem fores.

domingo, 2 de outubro de 2011

Nova Mensagem

Pessoas, sociedade, dinheiro, amor. Cultura, nós, outro. Ódio, álcool. Droga. Guerra. Paz. Amizade. Arte. Tudo isto importa. Tudo isto são as leis da nossa vida. Ou sim. Ou não. Na nossa vida não há leis. Há uns tempos li num cartaz infantilmente escrito, com cores infantis, colado de maneira infantil, talvez porque a mensagem é (não sei se deixou de ser) grande de mais para caber numa só folha. "The wall is just in your head". Era o que dizia o cartaz, que poderia perfeitamente ser escrito por uma criança, se não fosse o facto de estar numa língua que lhe poderia ser estranhamente esquisita (mas os putos hoje já sabem tanto tão depressa que nem essa hipótese ponho de parte). É uma mensagem básica que alguém com dois dedos(que podem ser dos pequeninos) de testa percebe. As barreiras estão na nossa cabeça, as leis estão na nossa cabeça, a sociedade está na nossa cabeça. Está tudo na nossa cabeça. E quem é que manda na nossa cabeça? Pois, não é preciso responder. A resposta já é um chavão, tão grande que já nem abre porta nenhuma, e não nos serve de nada (mas isso está só na nossa cabeça).

Então por que nos preocupamos? Por que procuramos? Por que amamos? Para que serve o amor? (era esta a pergunta que te queria fazer noutro dia, quando não era eu). Sim, eu agi mal. E depois? Tu também, e tu, e tu, e tu! Pode não ter sido ontem, pode não ter sido a semana, o mês, o ano passado, mas já agiste mal. E há uma altura em que de certeza podes ter agido mal. O futuro. Portanto de que te adianta estar a julgar-me? Ou julgá-lo, ou a julgar-te. Toda a gente erra, e qual é a surpresa? Vamos parar de viver por causa disso? Vamos deixar tudo o que tivemos para trás? Todas as palavras, todos os olhares, todos os sentimentos? Podemos fazê-lo, porque afinal as barreiras estão só dentro de nós e como nós mandamos podemos quebrá-las facilmente, sem sequer nos levantarmos. Mas a questão é de que raio nos adianta? Quando nos chateamos com alguém, seja essa pessoa quem for, é tão bom ver como o facto de andarmos com cara de pau, e ainda por cima podre, resolveu tudo, até quase que resolvia os grande problemas mundiais.

Portanto, não te chateies, vive. Sê. Não te condiciones por ninguém, só tu mesmo. E às vezes, caga para ti e sê algo imaterial. Ou não. Se quiseres podes cerrar a tua mente ao que eu escrevo, fazendo com que isto sejam só luzinhas no ecrã de um computador, ou pedaços de tinta num papel, ou palavras ocas na tua cabeça, ou sons ocos na tua cabeça, ou tentativas de sons ocos a entrarem na tua cabeça.

Tu és livre. Mas não te esqueças de que eu também sou.